A Estimulação Magnética Transcraniana como Estratégia Terapêutica na Depressão Recorrente Refratária: Relato de Caso
Cohen, Roni Broder 1; Landi, Alina 2
1Centro Brasileiro de Estimulação Magnética Transcraniana; Pós Graduação da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) / Escola Paulista de Medicina
2Psiquiatra assistente da Clínica Conviver – colaboradora científica do CBrEMT. Psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein.
RESUMO
INTRODUÇÃO
Através deste relato podemos constatar o alcance terapêutico da Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) frente a um quadro de depressão recorrente grave não responsiva a fármacos e à ECT.
OBJETIVO
O objetivo deste estudo é relatar o manejo e efeito desta técnica em paciente com depressão psicótica.
QUADRO CLÍNICO
Paciente feminina, 41 anos, com diagnostico de depressão há 10 anos; tratada desde então apresentou curtos períodos de melhora associada a múltiplas queixas devido efeitos colaterais dos medicamentos. Recebeu inicialmente 10 sessões de TMS de baixa frequência (1 Hz) sobre o córtex pré-frontal dorsolateral direito. Continuou a partir da 11a sessão sob esquema de manutenção mensal concomitante a retirada dos medicamentos. As escalas de Hamilton (17 itens) e Beck foram aplicadas, considerando-se resposta terapêutica a redução = 50% comparada ao valor basal.
RESULTADOS
Observou-se melhora clinica significativa na 8a sessão e remissão completa ao término de 10 sessões [redução de 82% na HAM-D (23 pré vs. 4 pós-rTMS) e 91% na Beck (36 vs. 3)]. Sob esquema de manutenção, encontra-se há nove meses assintomática.
CONCLUSÃO
O tratamento permitiu a retirada dos medicamentos e a remissão clínica completa. A estratégia terapêutica com a TMS pode modificar, em determinados casos, o curso da doença e melhorar a qualidade de vida do indivíduo com depressão recorrente refratária.