A Estimulação Magnética Transcraniana no Tratamento do Transtorno de Pânico: Relato de Caso

Cohen, R 1; Leme, M 2; Dantas, C 2

1Especialização em TMS – Behavioral Neurology Unit and Laboratory for Magnetic Brain Stimulation da Harvard Medical School, Boston, Massachusetts 02215.
2Centro Brasileiro de Estimulação Magnética Transcraniana – CBrEMT

 
 

RELATO DE CASO

Paciente masculino, 51 anos, apresentando quadro ansioso importante caracterizado por fobias, Transtorno Obsessivo Compulsivo e ansiedade paroxística episódica (Transtorno de pânico), evoluindo há aproximadamente 5 anos. Há 8 meses vinha em uso de Paroxetina 60 mg + Tianeptina 37, 5 mg + Clonazepan 0, 5 mg, com melhora parcial do quadro. Incomodado com os efeitos colaterais e a demora para remissão dos sintomas procurou a Estimulação Magnética Transcraniana (TMS). Foram indicadas 2 sessões semanais de TMS de baixa frequência (1 Hz sobre o córtex pré-frontal dorsolateral direito, 1600 pulsos/dia). Observou-se melhora a partir da 2ª sessão e remissão clínica na 7ª (redução de 56, 3% no Y – BOCS; redução de 87, 5, 3% na HAM – A). A partir de então continuou com uma sessão semanal, totalizando 14 sessões. Manteve-se em uso dos antidepressivos em doses menores (Paroxetina 20 mg + Tianeptina 12, 5 mg) e deu prosseguimento a Psicoterapia Cognitiva, porém dispensou-se o ansiolítico. O paciente atualmente apresenta uma mudança otimista em todas as esferas de sua vida: social, profissional e familiar.

 

CONCLUSÃO

Evidenciou-se o efeito sinérgico da TMS associada ao tratamento farmacológico e à psicoterapia, potencializando a resposta terapêutica e alcançando a remissão com menor incidência de efeitos colaterais.