Síndrome do Pânico

Quais os principais riscos que uma pessoa com síndrome do pânico está sujeita?

Por Dr. Roni Broder Cohen, colaborador do Cuidados pela Vida
 

A síndrome do pânico é um transtorno psiquiátrico que atinge principalmente mulheres a partir da adolescência ou da fase adulta. O problema causa ansiedade exagerada e sensação de que a morte é iminente, além de dores, tontura e taquicardia. A síndrome se manifesta principalmente na forma de crises, que têm duração média de 10 a 20 minutos.
 

Perigos da vida real

O transtorno do pânico, como também é conhecido, provoca sensações capazes de colocar o indivíduo em situações de risco que ameaçam sua saúde e segurança. “É comum, por exemplo, pacientes que se vejam presos em algum lugar, como um congestionamento, saírem correndo do local sem se assegurar dos perigos aos quais, de fato, estão expostos”, afirma o psiquiatra Roni Broder Cohen.
 

Isto significa que, ao fugir de um perigo imaginário, pessoas em crise de pânico podem ir ao encontro de uma situação de perigo real. O psiquiatra ressalta, no entanto, que a maioria dos pacientes é responsável, o que os tornaria, de certa forma, menos vulneráveis a atos impulsivos.
 

Outro risco envolvendo a síndrome é a semelhança de alguns dos seus sintomas com os apresentados durante um infarto, o que pode causar confusão e dificultar o atendimento e o diagnóstico. Náuseas, tontura, palpitações, suor excessivo, dores no peito e falta de ar são consequências tanto de um ataque de pânico quanto de um infarto do miocárdio.
 

Diferenciando um infarto de uma crise de pânico

Segundo Cohen, quem sofre um infarto, geralmente, não apresenta medo excessivo. “Essas situações podem ser de difícil diferenciação e sempre é conveniente, mesmo que os indícios psiquiátricos sejam claros, realizar-se um check-up cardíaco para descartar qualquer possibilidade”, destaca o psiquiatra.
 

A síndrome do pânico também traz prejuízos para a vida social, como explica Cohen: “Ela provoca uma insegurança crescente e elevado grau de ansiedade, tornando o indivíduo cada vez mais distante do convívio com amigos e familiares.” Ele passa a evitar algumas situações e acaba se distanciando de locais, de pessoas e do trabalho.
 

Publicado em Cuidados pela Vida, atualizado em 15 de maio de 2019.